Contos, reflexões, ensaios... tudo em prosa. Com um generoso toque de sentimentos.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O entorpecente é aquilo que torna torpe. Seria efêmero caso as conseqüências não fossem tão duradouras.
O estado torpe é efêmero. A traição é duradoura.
Quem sabe até mesmo eterna, não?
"[...] Se não dói a ferida, dói a cicatriz.", já disse Brecht.

domingo, 2 de dezembro de 2007

... O amor, por exemplo, é um dos sentimentos mais complexos existentes. Porque não adianta vir com toda aquela história de "só se ama uma vez, e blá e blá e blá". Se ama a todo momento.
Eu, por exemplo, sou uma pessoa que amou demais. Amei muitos homens. E não foi amor fraternal ou amigável, foi amor mesmo, com todo o desejo que lhe é inerente. Com toda a volúpia que se tem quando se ama.
Cada amor foi diferente, mesmo sendo muito parecido. O que mudou foi o tempo de duração.
Ah sim! Não vem com essa de que amor não acaba. Ou melhor, ele realmente não acaba, ele transforma-se. Pode transformar-se, por exemplo, em indiferença, como foi com a maioria dos meus amores...
Mas julgo que seja irrelevante o fim do amor.

Todo amor tem um começo. Seja por extrema convivência, seja por motivos intrínsecos, os quais não nos cabe citar, seja até mesmo pela distância, a saudade não nutre o amor; em suma: o amor acaba.
E quando acaba não tem porque continuar com a farsa que tornar-se-á. Só acabará com as esperanças remanescentes.
Por exemplo, um amigo meu, todos os dias...