Meus pensamentos sobres suicídio mostravam-se, até então, apenas indagações incipientes. Às vezes imaginava-me morto, porém nunca houve êxito, já que sempre estive em um canto, observando meu velório e enterro.
Ultimamente, confesso, surgiram em mim certos impulsos suicidas assustadores, visto que são concretos. Penso que a inexistência impossibilitaria todo o sofrimento.
Kant diz que a inexistência é menos perfeita que a existência. Uma casa com calefação seria melhor que uma casa inexistente, não seria isso ilógico? A casa não existe: não é mlehor que alguma casa com ou sem calefação.
O suicídio vai além do fato de existir ou não, porém a inexistência oferece-nos conforto tal que a dor da morte compensaria o fato de livrar-nos das frustrações e mágoas, inerentes a quem padece a condição de existir.
Suicidar-se, contudo, implica o fato de aplicar a quem amamos um sofrimento maior. A morte gera sofrimento aos outros.
O suicida é, além de tudo, um ser egoísta. Desprendido de condenscendência ao próximo, o suicida atingi o grau mais complexo aos que existem: a inexistência.
Para atingir a inexistência é preciso coragem para gerar sofrimento. É preciso coragem para desprender-se dos prazeres mundanos. É preciso coragem para suportar a dor da morte em si mesmo. Para si mesmo.
É incômodo morrer? Prega-se o bem comum que sim. Tal pregação causa-nos a covardia do suicidio.
Ademais, existe a esperança. A esperança trás-nos a porta: viver é bom. Existir é bom.
Contos, reflexões, ensaios... tudo em prosa. Com um generoso toque de sentimentos.
sábado, 24 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
O Doutor é como a morte.
Dr. Havel sempre teve a fama de que nada lhe escapava. Mesmo mulheres feias passaram por sua cama.
Havia uma, não obstante, a qual ele recusava, embora de aparência melhor que muitas de suas aventuras pretéritas. O motivo não era concreto ou paupável, simplesmente havia escolhido Elizabeth para ser a única rejeitada.
O Doutor lembraria de Elizabeth para sempre.
Havia uma, não obstante, a qual ele recusava, embora de aparência melhor que muitas de suas aventuras pretéritas. O motivo não era concreto ou paupável, simplesmente havia escolhido Elizabeth para ser a única rejeitada.
O Doutor lembraria de Elizabeth para sempre.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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