Contos, reflexões, ensaios... tudo em prosa. Com um generoso toque de sentimentos.

domingo, 19 de agosto de 2007

"O acordo categórico com o ser"...

Milan Kundera chama de "acordo categórico com o ser" o fato de o ser humano nascer para se reproduzir. Com desconcertantes alusões sobre a merda logo depois.
Esqueçamos a merda, e concentremos-nos apenas no "acordo categórico com o ser". O ser humano se reproduz para gerar um ser que reproduzirá, no futuro.
Como se já não fosse o bastante vivermos e passarmos por todos os problemas na vida, ainda temos que nos preocupar com a tal da reprodução. E essa "responsabilidade" de se ter que gerar um outro ser induz o futuro progenitor a certos atos, que não se teria, caso não houvesse a vontade de reproduzir.
Pelo menos uma coisa é bem feita: o ato de reproduzir é prazeroso, e o impulso pelo mesmo é de tal força e tal pressão psicológica que chegam ao ponto de pagar para se ter sexo. Mas será que ela paga pelo sexo ou pela vontade avassaladora de reproduzir?
Pelo sexo!
Afinal: será a paixão a vontade de querer reproduzir com a certa pessoa?!

E quanto aos homossexuais, estéreis, ou que não desejam possuir filhos?

Pensando sobre isso me venho com o pensamento de que, ao menos com toda essa contemporaneidade, não se tem mais esse vontade de se reproduzir. A vontade é de fazer sexo. Reproduzir é um brinde.

E se realmente o sexo for "pecado" e o fato de poder se ter um bebê dentro de 9 meses for uma penitência pelo ápice do prazer?

Mas ainda assim eu me pergunto à respeito dos homossexuais. Porque, não obstante, os estéreis não têm culpa de nascerem sem o "dom" de dar a vida, e talvez nem os gays de se atraírem por quem não vai dar-lhe chance de dar a vida.
Num pensamento repleto de abstração: será a homossexualidade a revolta contra o "acordo categórico com o ser" e, dessa forma, acabar com a reprodução (no mínimo uma parte dela)?
Mas como nasce essa revolta? Será durante os meses de formação psicológica do bebê, ou mesmo com um "subconsciente" agindo sobre esse ser?
Então podemos ter uma razão para a homossexualidade: a revolta contra o "acordo categórico com o ser". Ou seja: a vida de um gay tem sentido apenas de revolta. Será que daí vem a promiscuidade e todas aquelas baladinhas em boates onde rola de tudo? Outras revoltas?

Já os estéreis... Bom, esse já são fatores biológicos mesmo. Não seria então a vida destes sem muito sentido? Certo que nesses "modern times" são ínfimos os estéreis que não arrumam uma maneira escrupulosa e legal de ser ter um filho.

Mas deixo aqui minha indignação: se todas essas nossas torturas de apaixonados for tudo culpa de uma vontade de se ter uma criança torrando a paciência, então nós somos mesmo muito contraditórios.

Um comentário:

Anônimo disse...

E quanto aos homossexuais, estéreis, ou que não desejam possuir filhos?

São Deficientes.
Só de levarmos esse conceito que o Humano é feito para Reproduzir,temos que ser realistas então.

Quem não tem filho diz que é insuportável,horrível,etc.
Mas é dificil ver alguém que tem
filho falar a mesma coisa.
Ao menos que essa pessoa seja doente,esquizofrenica,etc.